Marcos não é ídolo à toa no Palmeiras. Último jogador a deixar o campo do Couto Pereira após a humilhante goleada por 6 a 0 contra o Coritiba, pelo jogo de ida das quartas de final, o goleiro foi também o único atleta a dar entrevista antes da volta, nesta quarta-feira, no Pacaembu.
Apesar do placar adverso e da classificação improvável, o camisa 12 cobra que o elenco tenha uma postura diferente da apresentada em Curitiba:
- Nossa obrigação é honrar o escudo que temos no peito. Nunca viemos aqui prometer títulos, temos de prometer vontade. Temos de cumprir a cartilha que temos, de treinar sempre com vontade, jogar acima disso e respeitar o torcedor. Você tem direito de sair à noite, de receber em dia...Temos de saber os direitos e deveres, mas estamos sabendo mais os direitos e pouco os deveres. Podemos até perder, mas a vontade e a gana têm de ser maiores que a do Coritiba. Foi vergonhoso. Temos de prometer que vamos ter vontade e espírito diferentes do Paraná.
O pentacampeão lamenta o baque sofrido por uma equipe que vinha bem na temporada: semifinalista do Paulistão e com bom aproveitamento na Copa do Brasil, até então.
- Futebol é assim. Saímos aplaudidos do jogo com o Corinthians, mesmo perdendo, pela raça e vontade, mas depois desse fiasco todo mundo entra em dúvida. A autoconfiança do jogador vai embora. Eu mesmo, depois de tomar seis, me questionei se tenho condições de jogar. Toda a confiança que reconquistamos do torcedor perdemos em uma semana. Temos de levantar a cabeça.

Realista, Marcos sabe que a equipe dificilmente o time fará os gols necessários para se classificar estando com um saldo negativo de seis gols - e nenhum feito fora de casa.
- Acho dificil, a não ser que o Coritiba tenha uma noite tão infeliz quanto a nossa. Mas acredito que não tenha, é um time bem montado, preparado. Temos de ganhar, mas mesmo assim vai ser difícil, eles estão em euforia. Estávamos desanimados e fomos atropelados. Vamos tentar vencer e apagar a goleada - afirmou.
Questionado sobre as gozações que sofreu após o resultado contra o Coxa, o goleiro levou o episódio com bom humor:
- É cultural, tenho amigos que torcem para os rivais e fui um dos mais zoados. Me chamando para tomar seis cervejas, a história que acordei às sete achando que tomei mais um... Agora vai ter a final e alguém vai perder no Paulista. Os palmeirenses estão epserando para zoar (risos). Temos de aceitar. Até guarda de trânsito fez o seis com a mão para mim (risos). vou fazer o quê? Bater, atropelar? Estou esperando alguém perder no Paulista para zoar também.
Fonte: Lancenet.com.br
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